Um ex-presidente afirmou que uma eventual prisão significaria “o fim da sua vida”, dada sua idade avançada. A declaração foi feita após ele se tornar réu no Supremo Tribunal Federal (STF), onde enfrenta acusações relacionadas a alegações de tentativas de interferir no processo democrático. Durante a conversa, ele admitiu que, em 2022, foram discutidas medidas constitucionais, como estado de sítio e intervenção federal, mas garantiu que essas possibilidades foram rapidamente descartadas.
O texto constitucional mencionado por apoiadores do ex-mandatário, que supostamente atribuiria às Forças Armadas um papel moderador, já foi rejeitado pelo STF. As medidas citadas são previstas para situações de grave instabilidade institucional, mas não foram implementadas. O ex-presidente enfrenta cinco processos, com penas que, somadas, podem exceder 40 anos de prisão.
Durante a entrevista, realizada na sede de um partido político, também foi abordado o depoimento de um militar ligado ao ex-governante. O ex-presidente evitou detalhar o impacto jurídico do caso, mas reforçou sua preocupação com as consequências pessoais de uma eventual condenação. O tom da conversa refletiu apreensão em relação ao futuro político e legal.