O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou em rede social que a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de pedir prisão domiciliar para uma cabeleireira envolvida nos atos de 8 de janeiro de 2023 representa um “recuo tático” do sistema judiciário. A mulher, presa há mais de dois anos por pichar uma estátua com batom, teve a medida acatada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Bolsonaro destacou que não houve mudança nos fatos ou novas provas, sugerindo que a decisão foi motivada pela pressão pública.
A cabeleireira, que se tornou ré em 2024, é um dos casos citados pela oposição ao governo atual para pedir anistia aos envolvidos nos episódios de 2023. Bolsonaro criticou a demora na decisão e as condições impostas, como o uso de tornozeleira, questionando se ela ainda representaria um risco à ordem pública. Ele também mencionou o impacto da prisão prolongada na vida da mulher, mãe de duas crianças, e classificou o processo como “justiça de ocasião”.
Embora tenha reconhecido que a medida pode aliviar o sofrimento da família, o ex-presidente afirmou que a mudança não deve ser vista como um avanço, mas como uma resposta à insustentabilidade do caso. Ele ainda pediu atenção para outras pessoas que, segundo ele, continuam sofrendo penas desproporcionais sob a mesma linha de atuação judicial. O texto mantém um tom crítico em relação ao tratamento dado aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.