O caso envolvendo a morte de um jovem em Iguatu, no Ceará, em dezembro de 2024, tem gerado polêmica devido à versão do acusado e as evidências do laudo pericial. O policial militar acusado de matar seu ex-namorado alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que foi ameaçado com uma faca. No entanto, a perícia apontou que a vítima foi atingida por nove tiros, cinco deles pelas costas, o que levanta questionamentos sobre a necessidade de tantos disparos, especialmente após a vítima aparentemente já estar incapacitada.
O relacionamento conturbado entre o acusado e a vítima, que durou mais de dois anos, é descrito por testemunhas como sendo marcado por brigas e ameaças. A família da vítima afirma que o suspeito havia ameaçado o jovem anteriormente e que o relacionamento já estava terminado no momento do crime. Em um incidente registrado por câmeras de segurança, a vítima aparece pulando o muro da casa do policial, o que foi interpretado pela defesa como uma possível agressão, mas a motivação para tal ato não é clara.
A investigação continua em andamento, com o Ministério Público questionando a versão apresentada pelo policial. O laudo cadavérico e as contradições na narrativa do acusado indicam que a força letal pode ter sido usada além do necessário para se proteger. A família da vítima pede justiça, alegando que o jovem era trabalhador e não representava risco de vida ao acusado. O processo segue sem que o acusado tenha sido preso em flagrante, pois ele se apresentou voluntariamente após o incidente.