A Europa está em um momento decisivo, tentando reagir ao cenário instável criado pelas mudanças rápidas em Washington, especialmente após a suspensão da ajuda militar dos Estados Unidos à Ucrânia. Líderes europeus se reúnem para discutir como reforçar a defesa militar do continente e apoiar a Ucrânia na guerra com a Rússia, ao mesmo tempo em que tentam lidar com a possível retirada do apoio americano. O Reino Unido lidera uma coalizão de países dispostos a aumentar a cooperação, embora a diversidade de orçamentos e prioridades internas entre os países da União Europeia dificulte uma ação conjunta.
A resposta europeia à crise envolve uma série de encontros diplomáticos e negociações sobre o financiamento de sua defesa. A Comissão Europeia propôs um plano de rearmamento, incluindo empréstimos para fortalecer as capacidades de defesa aérea e antimísseis. No entanto, as divisões entre os membros da UE, com diferentes níveis de comprometimento financeiro e prioridades de segurança, ameaçam dificultar a implementação de um plano eficaz. Países mais próximos da Rússia, como os bálticos, já investem significativamente em defesa, enquanto outras economias, como Itália e Espanha, não atendem ao mínimo exigido pela OTAN.
O papel dos Estados Unidos continua sendo fundamental para a segurança da Europa, com a necessidade de apoio em inteligência e recursos militares. A possível retirada do apoio de Washington à Ucrânia e à segurança europeia exigiria um aumento significativo nos gastos com defesa dos países do continente. Especialistas alertam que, caso a Europa precise se proteger sozinha, isso exigirá um investimento substancial, possivelmente entre 4% a 6% do PIB, o que pode ter consequências econômicas e políticas profundas.