O euro se valorizou significativamente, alcançando o maior pico dos últimos quatro meses, com uma alta de 1,28% frente ao real. Esse movimento aconteceu em um contexto de tensões comerciais globais, em que a moeda europeia subiu quase 3,7% na semana, em grande parte devido a um anúncio importante da Alemanha sobre um fundo de infraestrutura de 500 bilhões de euros. Essa iniciativa, que visa revitalizar a economia do país e reverter o declínio na infraestrutura, impulsionou a confiança no euro e ajudou a fortalecer o mercado europeu.
Além disso, a Alemanha tem experimentado uma mudança fiscal significativa, com uma proposta de reforma que aumentou os rendimentos dos seus títulos, impulsionando ainda mais o euro. O futuro chanceler, Friedrich Merz, apresentou uma ampla reformulação fiscal, o que foi interpretado como um sinal positivo para a economia da região. A perspectiva é que essa mudança ajude a fomentar o crescimento econômico nos próximos anos, embora o cenário internacional, incluindo a aplicação de tarifas por parte dos Estados Unidos, continue a ser um fator de risco para o mercado.
O Banco Central Europeu também está sendo observado, já que a expectativa é de uma redução nas taxas de juros, o que pode fornecer um suporte adicional ao crescimento econômico da região. Ao mesmo tempo, a Europa está reagindo a novas medidas comerciais dos Estados Unidos, como o aumento das tarifas sobre produtos da China e o Canadá, além de uma maior ênfase em investimentos em defesa devido à suspensão da ajuda militar à Ucrânia.
