Os Estados Unidos confirmaram nesta quarta-feira (05/03) a suspensão do compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia, uma decisão que pode ter um impacto significativo na guerra em curso. O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, anunciou a pausa, embora o alcance e a duração da medida ainda não sejam claros. Essa decisão ocorre após tensões crescentes, incluindo uma troca de palavras entre os presidentes dos dois países, e segue o corte no envio de ajuda militar à Ucrânia, feito anteriormente em março.
Nos últimos três anos, a Ucrânia tem contado com a assistência militar e de inteligência dos EUA para combater a invasão russa. O diretor da CIA, John Ratcliffe, reforçou a ideia de que o presidente Donald Trump expressou preocupações sobre o compromisso do presidente ucraniano com o processo de paz, levando à suspensão da ajuda. Em meio a esses desenvolvimentos, Waltz sugeriu que o tom das negociações entre os EUA e a Ucrânia pode se suavizar no futuro, com a possibilidade de reverter a pausa na assistência.
Em reação a essa situação, o presidente francês Emmanuel Macron declarou que a Europa deve se preparar para seguir sem a ajuda dos EUA, caso a situação se prolongue. Macron destacou a necessidade de a Europa aumentar seus investimentos em defesa e avançar em uma estratégia de paz duradoura. A suspensão do compartilhamento de informações de inteligência pode enfraquecer a capacidade de defesa da Ucrânia, o que pode beneficiar as forças russas na guerra, conforme análise de especialistas.