Os Estados Unidos impuseram sanções à ex-presidente da Argentina e ao ex-ministro de Planejamento, ambos acusados de envolvimento em esquemas de corrupção relacionados a contratos de obras públicas. A decisão foi anunciada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, na sexta-feira (21), e reflete a política dos EUA de combater a corrupção global. Segundo autoridades americanas, os dois políticos se beneficiaram financeiramente de subornos, desviando milhões de dólares dos cofres públicos argentinos. Como resultado, tanto os envolvidos quanto seus familiares estão proibidos de entrar nos Estados Unidos.
A ex-presidente, atualmente líder da principal oposição no país, foi condenada em 2022 por favorecer uma empresa em contratos públicos, o que resultou em uma sentença de prisão e inabilitação política. Ela recorreu da decisão, mas ainda enfrenta processos judiciais. O ex-ministro também está sob investigação e já foi condenado em processos relacionados ao desvio de recursos públicos durante seu período no governo. As sanções fazem parte de um esforço contínuo dos Estados Unidos para responsabilizar líderes que abusem de seu poder em benefício próprio.
Após o anúncio das sanções, a ex-presidente reagiu publicamente, acusando o governo argentino de influenciar a decisão, enquanto o ex-ministro também foi criticado. A medida destaca a relação tensa entre os governos dos EUA e Argentina, especialmente diante da atual administração, que tem buscado maior alinhamento com políticas mais conservadoras, gerando um ambiente político polarizado no país.