O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (3) a imposição de tarifas de 25% sobre produtos importados do Canadá e do México, além de uma taxa adicional de 10% sobre as importações da China. As medidas de Trump geraram reações imediatas de retaliação desses países, que anunciaram novas tarifas sobre produtos norte-americanos, incluindo produtos agrícolas e bens de consumo. O governo canadense, por exemplo, anunciou tarifas sobre US$ 155 bilhões em produtos dos EUA, enquanto a China impôs taxas adicionais a diversas exportações agrícolas e outros produtos.
Em uma entrevista, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, indicou que o presidente Trump está aberto a chegar a um acordo com o Canadá e o México, embora a medida não seja uma suspensão completa das tarifas. Segundo Lutnick, negociações estão em andamento e uma solução intermediária deve ser anunciada em breve. A China, por sua vez, acrescentou novas restrições e medidas antidumping contra empresas dos EUA, além de endurecer sua política comercial com Washington, o que eleva ainda mais as tensões entre as duas maiores economias do mundo.
As novas tarifas têm gerado preocupações sobre possíveis impactos econômicos globais, especialmente com o aumento da volatilidade nos mercados financeiros. Os analistas indicam que a escalada das tarifas pode afetar a inflação e criar incertezas no comércio internacional. A Comissão Europeia também expressou preocupação com a decisão dos EUA, alertando para os possíveis efeitos negativos sobre os parceiros comerciais e a economia global. Além disso, os mercados financeiros, tanto na Europa quanto na Ásia, reagiram negativamente às ações de Trump, com quedas nos mercados acionários e no valor de diversas moedas.