Estados Unidos e Rússia solicitaram uma reunião a portas fechadas no Conselho de Segurança da ONU para discutir a escalada da violência na Síria, que já dura três dias. O conflito, que envolveu confrontos entre apoiadores do antigo governo e as forças de segurança do novo regime, resultou em mais de mil mortes, sendo a maioria de alauítas, grupo étnico-religioso que apoiava o governo deposto. A situação se intensificou após ataques coordenados e emboscadas que envolveram ex-militares leais ao ex-presidente, com a violência se espalhando para outras regiões do país.
O presidente interino da Síria, Ahmad Sharaa, comentou sobre os desafios que o país enfrenta, apontando que os atuais acontecimentos eram previsíveis. Sharaa defendeu a preservação da unidade nacional e da paz civil, apesar da crescente tensão. A situação ficou ainda mais crítica com a crescente violência nas áreas costeiras, onde milícias e grupos armados cometeram execuções sumárias e ataques a residências de antigas populações governantes, em atos de vingança e represália.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos destacou que os recentes confrontos na região costeira do Mediterrâneo representaram alguns dos episódios mais graves de violência em anos, no contexto de um conflito que já dura mais de uma década. A violência continua a se expandir, com emboscadas contra as forças de segurança e ataques a civis, ampliando a crise humanitária no país e pressionando a comunidade internacional a agir com urgência.