Metade da população adulta brasileira não empreendedora, cerca de 47 milhões de pessoas, manifestou interesse em abrir o próprio negócio nos próximos três anos, segundo o Monitor Global de Empreendedorismo, realizado pelo Sebrae em parceria com a Anegepe. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de potenciais empreendedores, atrás apenas da Índia, cuja população é seis vezes maior. A principal motivação para empreender, pelo segundo ano consecutivo, é “fazer a diferença no mundo”, seguida pela escassez de empregos e pelo desejo de construir riqueza.
O estudo também destacou que ter um negócio próprio é o terceiro maior sonho entre os entrevistados, ficando atrás apenas da aquisição da casa própria e de viagens pelo Brasil. De acordo com Décio Lima, presidente do Sebrae, a preferência por empreender reflete uma mudança na lógica do trabalho, com mais pessoas buscando autonomia em relação ao emprego tradicional. No entanto, ele ressalta que a concretização desse desejo depende de políticas públicas eficazes para garantir a sustentabilidade dos negócios.
O relatório enfatiza a importância da cooperação entre Estado e setor privado para criar um ambiente favorável ao crescimento econômico e ao empreendedorismo. A combinação de políticas governamentais bem estruturadas e a iniciativa dos empreendedores é apontada como essencial para impulsionar negócios prósperos. Apesar do otimismo, o cenário econômico para 2025 ainda gera incertezas entre os empreendedores, segundo o estudo.