O Brasil possui 144 unidades de pesquisa dedicadas à inteligência artificial (IA), posicionando-se como um dos principais centros da área na América Latina. De acordo com um estudo divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o país ocupa o 13º lugar no ranking mundial de publicações científicas sobre o tema. A maior concentração dessas unidades está nas regiões Sudeste e Nordeste, com São Paulo liderando (41 unidades), seguido pelo Amazonas (22), Rio de Janeiro (14), Minas Gerais (13) e Pernambuco (10). O relatório destaca que essa distribuição reflete tanto investimentos históricos quanto políticas recentes de fortalecimento regional.
Os investimentos públicos em IA devem chegar a R$ 22 bilhões até 2028, com o setor privado contribuindo R$ 3,34 para cada real aplicado pelo governo. O CGEE ressalta o potencial da IA como impulsionadora do desenvolvimento tecnológico e econômico, com aplicações relevantes em setores como ciências da vida, energia e agricultura. A indústria e a manufatura concentram o maior número de iniciativas (30 unidades), seguidas pela saúde (25), aplicativos corporativos (20) e mobilidade e logística (15).
O estudo também aponta que a liderança dos setores de indústria e saúde reflete uma estratégia de priorização de domínios tecnológicos críticos, além de favorecer ecossistemas regionais de inovação. A proximidade geográfica entre universidades, empresas e governos facilita a colaboração e a troca de conhecimento, fortalecendo a capacidade brasileira em IA. Esses avanços consolidam o país como um ator relevante no cenário global de pesquisa e desenvolvimento em inteligência artificial.