Santa Catarina enfrenta uma estiagem severa, com 16 cidades registrando seca moderada e seis rios com redução significativa no nível de água. O calor intenso e a falta de chuvas entre janeiro e março de 2025 afetaram culturas como soja, milho e feijão, com risco de queda na produtividade caso a situação persista. Segundo a Epagri/Ciram, órgão responsável pelo monitoramento climático, as massas de ar quente impediram a chegada de frentes frias, agravando o cenário.
As lavouras de feijão devem ter uma redução acentuada na produção, ficando abaixo dos 1,8 mil kg/ha esperados. O milho também sofreu perdas devido ao calor excessivo, enquanto a soja na região de Chapecó teve sua produtividade estimada em 2,7 mil kg/ha. Além disso, as pastagens estão prejudicadas, impactando a pecuária leiteira e de corte, com riscos para a produção e reprodução dos animais. O abastecimento de água para consumo humano e animal também preocupa as autoridades.
A previsão para abril indica chuvas abaixo da média, especialmente no Oeste do estado, com temperaturas acima do normal até maio. A estiagem, agravada pela evaporação acelerada e pela transpiração das plantas, coloca em alerta agricultores e comunidades rurais, que podem enfrentar desafios ainda maiores nos próximos meses se as condições não melhorarem.