Os Estados Unidos decidiram suspender o planejamento e a execução de operações cibernéticas ofensivas contra a Rússia, conforme informou um funcionário de alto escalão. A pausa ocorre enquanto o governo de Donald Trump busca aliviar as tensões nas relações com Moscou, especialmente após o início da guerra russa contra a Ucrânia. A medida gerou preocupação nos Estados Unidos, pois essas operações cibernéticas demandam tempo e pesquisa para serem realizadas, além de implicarem em riscos de vulnerabilidade diante de potenciais ciberataques russos.
A decisão de interromper as operações é considerada um golpe significativo, dado que os EUA reconhecem as capacidades da Rússia de realizar ataques cibernéticos que possam comprometer a infraestrutura crítica americana. Ao longo dos últimos anos, o ciberespaço tem sido visto pela Rússia como uma vantagem estratégica, com a tentativa de influenciar eleições e comprometer dados sensíveis. Por outro lado, os EUA também intensificaram suas ações contra hackers e agentes de inteligência russos.
O Comando Cibernético dos EUA, criado há mais de uma década, tem se tornado uma ferramenta importante na projeção de poder do país, realizando missões ofensivas e defensivas ao redor do mundo. Desde 2021, especialistas cibernéticos dos EUA têm apoiado a Ucrânia para lidar com os ataques russos, especialmente antes e depois da invasão. A suspensão atual das operações cibernéticas pode dificultar o planejamento de futuras ações ofensivas, tornando-as obsoletas ou inviáveis.