Em 15 de março, os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump, realizaram novos ataques aéreos contra os houthis, no Iêmen, em retaliação a ataques do grupo a embarcações norte-americanas no Mar Vermelho. Trump responsabilizou o Irã pelos ataques, ameaçando consequências graves para o país persa. O Irã, por sua vez, nega envolvimento direto e afirma que os houthis atuam por motivações próprias, embora especialistas apontem que o Irã utiliza grupos como os houthis para exercer influência na região sem enfrentar confrontos diretos.
Os houthis, que contam com apoio iraniano, têm como estratégia atacar embarcações comerciais, afetando principalmente o comércio israelense, e estão conseguindo continuar suas ofensivas sem um acordo de cessar-fogo com Israel. Para especialistas, o Irã usa esses ataques para enfraquecer seus rivais regionais, como Israel e a Arábia Saudita, sem enfrentar diretamente essas potências. A falta de um compromisso formal de paz entre os houthis e Israel torna a situação ainda mais complexa, dificultando qualquer negociação de trégua.
A abordagem do governo dos EUA se tornou mais agressiva durante o mandato de Trump, o que aumentou as tensões na região. No entanto, os ataques aéreos têm mostrado eficácia limitada, devido à tecnologia avançada dos houthis e à distância das forças norte-americanas. Além disso, há preocupações de que esses ataques possam prejudicar as negociações sobre o acordo nuclear com o Irã, embora especialistas ressaltem que tais negociações já enfrentavam obstáculos antes do aumento da violência.