Em participação no programa WW Especial, um professor de Direito Constitucional argumentou que a regulação da informação não é necessária na era digital, destacando o papel da tecnologia na democratização do acesso aos conteúdos. Ele sugeriu que a imprensa tradicional se adapte ao novo cenário, assumindo uma função de curadoria em vez de se posicionar como detentora exclusiva da verdade. Segundo ele, essa mudança poderia ajudar os veículos a recuperarem relevância, mantendo sua credibilidade estrutural.
O especialista ressaltou que, apesar da concorrência com as redes sociais, a mídia tradicional ainda possui influência no debate público, mesmo com menor alcance quantitativo. Ele criticou a tendência de alguns veículos de priorizar a velocidade e o tom opinativo em detrimento da reflexão, alertando que essa estratégia pode comprometer sua credibilidade. Em vez de competir diretamente com as plataformas digitais, ele propôs que o jornalismo reforce seu papel na construção da verdade, adaptando-se às novas tecnologias sem perder sua essência.
O debate destacou os desafios enfrentados pela imprensa em um ambiente midiático fragmentado, onde a desinformação e a polarização ganham espaço. A sugestão do especialista é que os veículos tradicionais explorem seu potencial de pautar discussões com profundidade, diferenciando-se do conteúdo superficial das redes. A discussão foi parte do WW Especial, apresentado por William Waack, que aborda temas relevantes do cenário político e midiático brasileiro.