No Brasil, as mulheres ainda ocupam uma proporção pequena nas forças policiais, representando apenas 27% na Polícia Civil e 13% na Polícia Militar. No entanto, um marco significativo foi alcançado por um grupo de mulheres policiais que participaram pela primeira vez de uma competição internacional de operações especiais, em Dubai. A competição, considerada a Copa do Mundo das tropas de elite, contou com delegações de 50 países, incluindo uma equipe feminina brasileira que obteve uma posição de destaque, superando várias equipes masculinas.
A investigadora Luciana Atolini compartilhou sua experiência ao relatar a transformação pessoal que viveu ao se tornar policial aos 40 anos. Após um casamento conturbado, Luciana encontrou sua identidade e realização profissional ao ingressar na polícia e, mais tarde, ao integrar o Grupo de Operações Especiais (GOE). Ela e outras policiais femininas enfrentam um cenário onde ainda precisam provar sua capacidade em um campo predominantemente masculino, mas mostram, por meio de sua participação na competição, que as mulheres têm aptidão para atuar nas forças de segurança.
Apesar da presença feminina crescente, o caminho para a igualdade é longo. A delegada Kelly Cristina Sacchetto destaca a conquista do espaço pelas mulheres na polícia, mas também reconhece os desafios que ainda persistem, especialmente na busca por maior representação. Em uma competição onde predominam equipes masculinas, as policiais brasileiras demonstraram sua força e dedicação, provando que, além de vocacionadas, estão preparadas para ocupar os mesmos espaços de destaque que seus colegas homens.