Dorival Júnior não resistiu à derrota por 4 a 1 para a Argentina e foi demitido da seleção brasileira após reunião na CBF nesta sexta-feira. Com aproveitamento de 58% em 16 jogos, o treinador deixa o time na quarta posição das Eliminatórias Sul-Americanas, distante da liderança e com desempenho irregular. Sua passagem incluiu vitórias em amistosos contra Inglaterra e Espanha, mas também fracassos, como a eliminação nos pênaltis para o Uruguai na Copa América 2024 e a incapacidade de estabelecer um padrão de jogo consistente.
O trabalho de Dorival foi marcado por contradições, como a dependência excessiva de Neymar, que não atuou sob seu comando devido a lesões, e a dificuldade em extrair o melhor de jovens talentos como Vini Jr. e Rodrygo. A falta de um centroavante ideal e a oscilação tática também prejudicaram o time, que chegou a testar formações variadas sem encontrar solidez. A convocação de jogadores de clubes menos expressivos, sem resultados satisfatórios, ainda gerou críticas de torcedores.
Anunciado em janeiro de 2024 após conquistas recentes por São Paulo e Flamengo, Dorival assumiu em um momento turbulento da CBF, substituindo o interino Fernando Diniz. Apesar do início promissor, sua incapacidade de consolidar um estilo de jogo e a piora progressiva do desempenho selaram sua saída. Agora, a seleção brasileira busca um novo rumo para recuperar seu lugar entre as potências do futebol mundial.