Cinco anos após a declaração da pandemia de Covid-19, muitas empresas estão adotando o retorno ao trabalho presencial ou ajustando o modelo híbrido, com maior ênfase no escritório. A pesquisa de Tendências 2025, realizada pela Catho, revela que 69% das empresas brasileiras preferem manter o modelo 100% presencial, citando produtividade e fortalecimento da cultura organizacional como principais razões. Especialistas destacam que, embora o home office ainda seja uma vantagem para retenção de talentos, o contato físico no ambiente de trabalho facilita a colaboração e a troca de ideias.
Apesar da crescente preferência pelo presencial, há um movimento global de adaptação do modelo híbrido, especialmente no Brasil, onde 85% das empresas certificadas já possuem políticas claras sobre os formatos de trabalho. A tendência é de equilíbrio entre dias presenciais e remotos, com aumento das empresas que permitem de um a dois dias de home office por semana. Contudo, a pandemia também trouxe desafios, como a necessidade de infraestrutura adaptada e a gestão de equipes híbridas, que exigem um RH mais estratégico.
O retorno ao modelo presencial pode afetar a diversidade e inclusão, já que limita a participação de profissionais com mobilidade reduzida ou que trabalham de outras localidades. Por outro lado, o home office ampliou as contratações geograficamente, permitindo a inclusão de profissionais de diferentes regiões e pessoas com deficiência. Com isso, a maioria dos especialistas acredita que o futuro do trabalho será híbrido, com flexibilidade e adaptabilidade, equilibrando bem-estar e produtividade, e priorizando a inclusão nas estratégias corporativas.