O texto discute a recente mudança de posição da BP em relação às suas ambições ambientais, que foram revertidas após pressão de um acionista. A empresa, que havia se comprometido a investir em energias renováveis em 2020, voltou a focar em petróleo e gás, um movimento visto por muitos como um retrocesso. No entanto, o autor argumenta que a crítica a BP, embora válida, não deve ser o foco principal, pois a questão envolve um problema mais profundo do capitalismo como um todo.
A análise aponta que o capitalismo, enquanto sistema econômico dominante, tem dificuldades em responder adequadamente à crise climática. A pressão para gerar lucros de curto prazo impede empresas de tomarem as ações necessárias para enfrentar os desafios ambientais a longo prazo. A crítica se estende não só a BP, mas a várias corporações que, mesmo diante de evidências científicas, continuam a priorizar interesses financeiros imediatos.
Por fim, o texto sugere que, para haver uma mudança real e efetiva no combate às mudanças climáticas, a responsabilidade precisa ser compartilhada com os governos. Somente políticas públicas e ações legislativas podem criar as condições necessárias para que as empresas se adaptem e adotem soluções mais sustentáveis, sem depender exclusivamente de suas boas intenções ou interesses de mercado.