Especialistas acreditam que as empresas farmacêuticas dos Estados Unidos, localizadas na Irlanda, provavelmente optarão por transferir seus lucros de volta para os Estados Unidos, em vez de fechar suas fábricas no país europeu. A expectativa surge após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que acusou a Irlanda de se beneficiar de uma política tributária que prejudica a economia americana, resultando em um desequilíbrio comercial. O comentário de Trump reacendeu o debate sobre a estratégia fiscal adotada por empresas americanas na Irlanda.
A questão central gira em torno do sistema de impostos irlandês, que permite que grandes corporações multinacionais paguem taxas significativamente mais baixas sobre lucros gerados no país. Isso leva a uma transferência de lucros para a Irlanda, enquanto as operações de fabricação continuam sendo mantidas em outros locais, como os Estados Unidos. A mudança sugerida por especialistas não envolve a retirada dessas fábricas, mas sim a realocação das receitas geradas por elas, retornando ao país de origem.
Aidan Regan, professor de economia política da Universidade College Dublin, afirmou que a crítica do ex-presidente Trump é válida, uma vez que o desequilíbrio comercial gerado pela prática das empresas farmacêuticas não é uma novidade. Segundo Regan, os sinais desse problema vêm se intensificando ao longo dos anos, e as mudanças nas estratégias fiscais das empresas dos EUA devem refletir essa nova dinâmica global.