As recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações do México e do Canadá têm gerado preocupações entre diversas empresas, especialmente nas indústrias automotiva, de construção e de matérias-primas. O presidente Donald Trump determinou uma taxa de 25% sobre as importações desses dois países, impactando um volume significativo de comércio anual superior a US$ 900 bilhões. Setores como o automobilístico estão entre os mais afetados, com estimativas apontando que as tarifas possam reduzir entre 10% e 25% do Ebitda anual das montadoras norte-americanas.
Além disso, as tarifas sobre aço e alumínio importados também aumentam os custos para a indústria, afetando significativamente as montadoras e fornecedores de matérias-primas. As consequências econômicas já estão sendo projetadas, com analistas prevendo perdas significativas para empresas como a General Motors e a Ford, que poderiam ver uma queda drástica em seus lucros globais. As construtoras de moradias também devem ser impactadas, já que dependem de materiais importados e os custos de produtos finais, como eletrodomésticos e eletrônicos, tendem a aumentar.
O setor aeroespacial também não escapa das novas tarifas, com o Canadá sendo um dos principais importadores de produtos americanos e também um grande fornecedor para empresas como a Boeing. As tarifas podem aumentar os custos para fornecedores e fabricantes de aeronaves, o que já resultou em uma queda nas ações da Boeing. As expectativas são de que essas tarifas causem impactos substanciais em várias indústrias, o que pode afetar a economia como um todo.