A empresa americana Colossal Biosciences anunciou um avanço em sua pesquisa para ressuscitar animais extintos, criando camundongos geneticamente modificados com pelos semelhantes aos dos mamutes-lanosos. Essa espécie, que habitava o Ártico até sua extinção há cerca de quatro mil anos, é o foco de um projeto que busca reverter os efeitos do aquecimento global. O objetivo é usar as características dos mamutes, como a pelagem densa e o metabolismo acelerado, para potencialmente reduzir as emissões de dióxido de carbono na tundra, restaurando o equilíbrio ecológico que existia antes da sua extinção.
A pesquisa foi conduzida por meio de uma análise genética aprofundada de restos mortais de mamutes e de elefantes-asiáticos, seus parentes mais próximos. Os cientistas identificaram variantes genéticas responsáveis pelo comprimento, textura e cor dos pelos, além de alterações que influenciam o metabolismo de gordura. O resultado foi o nascimento de 38 camundongos com pelagem semelhante à dos mamutes e características metabólicas únicas. No entanto, os especialistas alertam que os estudos ainda são preliminares e não garantem que esses camundongos estejam tão próximos de uma versão modificada do mamute.
Embora a empresa continue a arrecadar bilhões de dólares e planeje introduzir os primeiros bezerros de mamute-lanoso em 2028, há ceticismo sobre a efetividade do projeto. Muitos pesquisadores apontam que, apesar das modificações genéticas, não há evidências de que os camundongos possuam as qualidades essenciais para a sobrevivência em ambientes frios, e as implicações a longo prazo das modificações no comportamento e na saúde dos animais ainda são desconhecidas. A Colossal Biosciences mantém que o projeto está em andamento e que novos avanços serão feitos para alcançar a ressuscitação da espécie.