As eleições na Groenlândia, que tradicionalmente atraem pouca atenção internacional, ganham destaque este ano devido à proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar a ilha. A Groenlândia, com cerca de 57 mil habitantes, possui um sistema político focado principalmente em questões locais, como economia, mineração e a relação com a Dinamarca. No entanto, o desejo de Trump de adquirir o território gerou uma tensão política inédita, colocando as eleições de 2025 no centro das discussões globais.
O primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, que é a favor da independência, reafirmou a posição de seu país, dizendo que a ilha não está à venda e que não aceita a ideia de se tornar parte dos Estados Unidos. A maioria dos partidos políticos groenlandeses compartilha dessa visão, demonstrando oposição ao projeto de anexação. As divergências políticas dentro da Groenlândia estão mais voltadas para questões econômicas, sociais e ambientais, do que para os comentários feitos por Trump.
O cenário das eleições se dá em meio à preocupação com a possível coerção dos EUA para anexar o território, o que reavivou os temores de uma disputa pela soberania. Enquanto o primeiro-ministro Egede e outros líderes locais defendem a autodeterminação do país, a comunidade internacional observa atentamente o desenrolar das eleições, que podem determinar o rumo da Groenlândia frente às crescentes pressões externas.