O artigo propõe uma reflexão sobre a necessidade de transformar o modelo educacional atual, ainda baseado na estrutura industrial, que trata os alunos de forma homogênea e prioriza avaliações padronizadas. Em contraste, a Cidade 5.0, uma zona experimental de erradicação acelerada da pobreza, surge como oportunidade para implementar um sistema mais customizado, que valorize habilidades como criatividade, adaptabilidade e trabalho em equipe. A ideia é integrar experiências práticas no currículo escolar, envolvendo parcerias com ONGs, empresas e órgãos governamentais, preparando os jovens para os desafios reais da vida adulta.
O texto critica o foco excessivo em exames, apontando que as universidades perpetuam esse sistema ao selecionar alunos com base em testes teóricos. Para romper esse ciclo, sugere a criação de um novo modelo universitário, disruptivo e alinhado às demandas do futuro, capaz de formar profissionais prontos para o mercado de trabalho. O autor defende que a Cidade 5.0, por ser um ambiente planejado e seguro, permite testar abordagens inovadoras, como a inserção das crianças em atividades sociais desde cedo, incluindo áreas como saúde, segurança e meio ambiente.
Por fim, o artigo apresenta o modelo PRIME, que guia a Cidade 5.0 com princípios como meritocracia, interoperabilidade de dados e decisões baseadas em evidências. A proposta inclui até a consideração de internatos em casos onde o ambiente doméstico é desfavorável, sempre priorizando o bem-estar dos estudantes. O convite é para que governos, empresas e sociedade civil se unam nessa transformação, participando de eventos e debates para construir soluções concretas contra a pobreza.