A atual crise política nos Estados Unidos é atribuída, em grande parte, à falta de protagonismo do Partido Democrata, segundo análise de um economista com experiência no FMI e no mercado financeiro. A substituição de Joe Biden por Kamala Harris na disputa presidencial de 2024, após desempenho frágil do presidente em debate, culminou em derrota eleitoral e no domínio republicano no Congresso. O especialista critica a omissão dos democratas em apresentar propostas claras e responder às demandas da população, o que permitiu que o Partido Republicano, liderado por Donald Trump, ocupasse esse espaço político.
O texto destaca o impacto negativo do cenário atual na imagem institucional dos EUA, com comportamentos considerados inadequados no Congresso e a perda da tradição de negociações bipartidárias. O economista compara a situação à lei de Gay-Lussac, na qual a omissão de um grupo permite que outro ocupe todo o espaço disponível. Essa dinâmica, segundo ele, explica o fortalecimento republicano e a marginalização dos democratas, que falharam em oferecer alternativas viáveis às políticas controversas de Trump.
Por fim, a análise enfatiza a necessidade de os democratas assumirem uma postura mais propositiva e menos silenciosa, sob risco de aprofundar a crise política e econômica do país. A incapacidade de compreender as frustrações da população e de negociar soluções eficazes é apontada como falha central, com consequências que podem se estender além do mandato atual.