O órgão responsável por monitorar a economia britânica pode adiar a divulgação de um relatório crucial sobre os efeitos dos cortes nos benefícios por deficiência até o final de outubro. Isso significa que os parlamentares votarão sobre as mudanças propostas pelo Partido Trabalhista sem ter acesso a dados concretos sobre quantas pessoas afetadas conseguirão se reinserir no mercado de trabalho. A falta de informações prévias levanta preocupações sobre a tomada de decisão baseada em evidências.
Um relatório recente do Departamento de Trabalho e Pensões já indicava que os cortes anunciados no documento de proposta de benefícios por deficiência empurrariam pelo menos 300 mil pessoas para a pobreza, incluindo 50 mil crianças. A demora na divulgação do estudo completo pelo órgão fiscalizador pode agravar a incerteza sobre o real impacto social e econômico dessas medidas. Especialistas alertam para os riscos de implementar políticas sem uma análise detalhada das consequências.
O adiamento do relatório também reacende o debate sobre a transparência nas decisões governamentais e a necessidade de garantir que mudanças em políticas públicas sejam acompanhadas de dados robustos. Enquanto isso, organizações de defesa de direitos expressam preocupação com o aumento da vulnerabilidade entre pessoas com deficiência, que podem enfrentar dificuldades ainda maiores sem um planejamento adequado.