Dormir com os olhos abertos, também conhecido como lagoftalmo noturno, pode ser uma condição mais comum do que imaginamos. Embora nem sempre cause sintomas visíveis, muitas vezes a pessoa não percebe que isso ocorre. Essa condição pode ser desencadeada por uma série de fatores, como problemas nas pálpebras, traumas, ou distúrbios nervosos, como a paralisia de Bell. Apesar de ser frequentemente inofensiva, o lagoftalmo pode gerar desconfortos como olhos vermelhos, visão turva e até fotofobia, afetando a qualidade do sono.
Quando o lagoftalmo evolui para um problema mais sério, como olho seco ou inflamação da córnea (ceratite), as consequências podem ser mais graves, incluindo úlceras de córnea, embora isso seja raro. O diagnóstico pode ser feito por meio de um simples teste em casa, onde a pessoa tenta fechar os olhos completamente e verifica se há resistência. Em casos mais graves, a intervenção médica é essencial, podendo incluir o uso de fitas médicas, colírios ou, em situações mais severas, até cirurgias para corrigir o fechamento das pálpebras.
Identificar o lagoftalmo e entender suas causas é crucial para evitar complicações a longo prazo. Consultar um oftalmologista pode ajudar a determinar a origem do problema e a melhor forma de tratá-lo. No entanto, muitos pacientes não associam o desconforto ocular à possibilidade de dormirem com os olhos abertos, o que torna ainda mais importante o acompanhamento regular e a conscientização sobre essa condição. A detecção precoce pode prevenir danos mais sérios à visão e melhorar a qualidade de vida dos afetados.