No final de 2024, o Brasil enfrentou um dos piores meses do mercado financeiro nos últimos anos, impactado por uma série de fatores, como a eleição de Donald Trump, o cenário fiscal do governo e a pressão no mercado cambial. O Ibovespa caiu mais de 4% em dezembro e 10% no ano, enquanto o dólar subiu 3% no último mês e 27% no acumulado de 2024. Esses movimentos acentuaram a importância de conceitos como as reservas internacionais e a diversificação global dos investimentos, que se tornam essenciais em períodos de crise.
Durante o fim de ano, a sazonalidade do envio de recursos para o exterior, especialmente por multinacionais e bancos, se somou à crise interna do Brasil e ao fortalecimento do dólar, o que fez o Banco Central utilizar mais de US$ 30 bilhões das reservas internacionais para conter a volatilidade do mercado. Embora as reservas tenham diminuído para US$ 342 bilhões, o Brasil mantém uma posição confortável em termos de importação e dívida externa. A cobertura das reservas é considerada adequada, com 30% do M2, o que garante a capacidade do Banco Central de atuar em momentos de instabilidade.
Em meio a esses desafios econômicos, a teoria financeira reforça a necessidade de diversificação internacional das carteiras de investimentos. Investir no exterior não busca apenas se proteger de flutuações cambiais, mas também melhorar o perfil de risco e retorno a longo prazo. A facilidade de acessar fundos e ativos globais, especialmente por meio de ETFs, tem incentivado os brasileiros a diversificar seus investimentos além das fronteiras do país. A diversificação internacional se torna uma estratégia crucial para garantir maior estabilidade e otimização dos recursos em um cenário econômico global instável.