O dólar registrou alta de 0,41% nesta quarta-feira (26/3), fechando a R$ 5,7328, após um dia volátil influenciado pelo cenário externo e preocupações domésticas. O fortalecimento da moeda americana no exterior e rumores sobre novas tarifas comerciais dos EUA, a serem anunciadas em 2 de abril, pressionaram o câmbio. Além disso, incertezas sobre a política fiscal brasileira, como compensações para a isenção de IR e o estímulo ao consumo em meio ao aperto monetário, contribuíram para a instabilidade.
No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras moedas, subiu 0,40%, refletindo a cautela dos investidores. Autoridades do Federal Reserve destacaram os desafios da política monetária diante das incertezas tarifárias, enquanto analistas locais apontaram que a taxa de câmbio deveria estar mais baixa, considerando os juros reais do Brasil. No entanto, temores de medidas populistas e a desaceleração da economia americana mantêm o mercado em alerta.
Em março, o fluxo cambial brasileiro registrou saída líquida de US$ 7,676 bilhões, embora o real tenha se valorizado no mês e no ano, impulsionado pelo desmonte de posições em derivativos por investidores estrangeiros. O dólar acumula queda de 3,10% em março, mas segue volátil, com os agentes financeiros aguardando os desdobramentos das tarifas americanas e seus impactos na economia global.