O dólar experimentou uma queda frente às principais moedas globais no início desta semana, refletindo o receio dos mercados com os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos a seus principais parceiros comerciais, como o México, Canadá e China. O índice DXY, que mede a força da moeda americana, caiu cerca de 1,7%, atingindo seu menor nível desde dezembro do ano passado, impactando mercados financeiros ao redor do mundo. No entanto, no Brasil, os mercados estavam fechados devido ao feriado de Carnaval, o que limitou as reações locais a esses movimentos globais.
No cenário brasileiro, a queda do dólar pode ser atenuada por fatores internos, como a instabilidade política e decisões governamentais que influenciam a confiança do mercado. Economistas apontam que o enfraquecimento do dólar no Brasil pode ser contido por questões políticas, como a nomeação de figuras-chave no governo, além de medidas econômicas que afetam a percepção da política monetária nacional. A manutenção de taxas de juros elevadas pelo Banco Central, com o intuito de controlar a inflação, também entra no cálculo da valorização da moeda brasileira.
O impacto das tarifas de Trump nas economias globais foi amplamente sentido nos mercados financeiros, com bolsas de valores registrando perdas, especialmente em Wall Street e na Europa. Analistas alertam para os efeitos das tarifas no cenário global, como a diminuição nos lucros das empresas e a pressão sobre os consumidores devido à inflação. Embora o Brasil tenha se mostrado relativamente isolado dos efeitos imediatos, a volatilidade nos mercados internacionais continua a ser um fator relevante para o desempenho da moeda e das economias locais.