O dólar teve uma forte queda nesta quarta-feira (5) frente a outras moedas fortes, influenciado por uma combinação de fatores. Investidores acompanharam de perto a possibilidade de redução das tensões comerciais, especialmente relacionadas às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao movimento de países da União Europeia em reforçar investimentos no setor de defesa, o que poderia diminuir a dependência das forças armadas americanas.
Além disso, dados econômicos dos Estados Unidos contribuíram para o movimento da moeda americana. A criação de empregos no setor privado ficou abaixo das expectativas, conforme relatório da ADP, gerando preocupações sobre a recuperação do mercado de trabalho. No entanto, indicadores como o PMI de serviços e as encomendas industriais mostraram resultados mais favoráveis, embora insuficientes para reverter a tendência de queda do dólar.
Enquanto isso, o euro registrou valorização em meio à expectativa de aumento de gastos na Alemanha para reanimar a economia e fortalecer as defesas militares do bloco europeu, especialmente em resposta ao conflito na Ucrânia. O movimento também gerou especulações sobre a possível postura do Banco Central Europeu (BCE) em relação ao corte nas taxas de juros, com uma expectativa de redução de 2,75% para 2,50% no encontro da próxima quinta-feira (6).