O dólar caiu mais de 2,5% após o carnaval, fechando abaixo de R$ 5,80, acompanhando a desvalorização da moeda americana no exterior. O real se destacou como uma das moedas mais valorizadas entre as principais divisas globais, impulsionado pela perspectiva de um possível corte nas taxas de juros nos Estados Unidos, após dados abaixo das expectativas do mercado de trabalho. Além disso, o avanço das negociações entre os EUA e a Ucrânia, com possíveis acordos sobre exploração de minerais, também favoreceu o enfraquecimento do dólar.
As tensões políticas internas no Brasil, como a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, ficaram em segundo plano diante do cenário internacional mais favorável. A moeda americana superou os R$ 5,90 na última sexta-feira, mas a retomada de negociações diplomáticas e o enfraquecimento do dólar permitiram uma recuperação. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras seis moedas fortes, também caiu, refletindo um ajuste nos mercados globais.
O otimismo com a política monetária dos EUA e a redução das tensões comerciais ajudaram a fortalecer as moedas emergentes, como o real e o peso chileno. Dados econômicos recentes, incluindo a geração de empregos e o desempenho do setor de serviços, sugerem que o Federal Reserve pode adotar medidas mais expansivas para estimular a economia, favorecendo os mercados emergentes no longo prazo. O cenário internacional de desaceleração econômica também aponta para uma possível redução das taxas de juros, com o foco agora voltado para o relatório de empregos que será divulgado na sexta-feira.