O dólar perdeu força ao longo do dia 12 de março e fechou cotado a R$ 5,8088, com uma queda de 0,05%. Essa variação veio após um movimento de alta moderada pela manhã, influenciado pelo comportamento da moeda americana no mercado externo. A desvalorização foi atribuída, em parte, à divulgação de informações sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA), que geraram expectativas sobre o impacto nos programas sociais e nos cortes de despesas governamentais. A proposta inclui ajustes no Bolsa Família, educação e benefícios previdenciários, além de um aumento de investimentos em algumas áreas.
Analistas destacaram que a clareza no enquadramento de programas sociais, como o Auxílio-Gás, dentro do orçamento pode diminuir os riscos econômicos e melhorar a percepção do mercado sobre o câmbio. No entanto, ainda há incertezas sobre a magnitude dos cortes e se serão suficientes para equilibrar as necessidades de aumento de despesas em outras áreas. A possível reforma do Imposto de Renda também permanece uma questão de atenção para os investidores, além da continuidade do aperto monetário no Brasil, com a expectativa de um aumento na taxa Selic.
Apesar dos desafios internos, a moeda brasileira tem se apreciado em relação ao dólar, beneficiada pela queda das taxas de juros nos Estados Unidos e pela desaceleração econômica global. Contudo, os analistas não acreditam em uma redução significativa da taxa básica americana este ano, o que pode limitar a queda do dólar. A expectativa é que o câmbio se mantenha relativamente estável, com a possibilidade de uma leve alta, atingindo R$ 6,00 no final do ano, caso as condições econômicas se mantenham como previstas.