O dólar registrou alta de 0,06% no encerramento do pregão desta quinta-feira, 6, fechando a R$ 5,7597, em contraste com a queda da moeda americana no exterior. Operadores indicam que o comportamento do real é impactado por ajustes técnicos e a busca por posições defensivas no mercado futuro, após uma queda de 2,71% na véspera. Durante a tarde, o dólar chegou a superar momentaneamente os R$ 5,78, impulsionado por informações sobre possíveis medidas do governo para conter a alta dos alimentos, mas as expectativas de ações econômicas heterodoxas geraram apreensão no mercado.
Analistas observam que o governo pode adotar medidas para controlar a inflação e estimular o consumo, o que poderia aumentar os prêmios de risco e dificultar a valorização do real, mesmo com a fraqueza do dólar no cenário internacional. A incerteza em relação às políticas protecionistas dos Estados Unidos, particularmente sobre tarifas, também afeta o cenário global, com o mercado ajustando-se às expectativas de uma desaceleração econômica americana. Divisas emergentes, como o peso chileno, beneficiaram-se da expectativa de estímulos à economia chinesa.
No contexto da política monetária, o Banco Central Europeu anunciou a redução das taxas de juros em 25 pontos-base, e analistas alertam que os aumentos nos gastos com defesa na Europa podem gerar pressões inflacionárias. Nos Estados Unidos, a possibilidade de cortes nas taxas de juros para combater uma possível recessão, diante da inflação crescente, levou a uma desvalorização do dólar. O mercado continua atento ao risco global e a possíveis ajustes nas tarifas impostas por Donald Trump, que também resultaram em ganhos para moedas como o peso mexicano.