O dólar apresentou queda em relação a outras moedas fortes, com grande volatilidade no mercado, após o presidente dos Estados Unidos anunciar uma pausa de um mês na aplicação de tarifas sobre produtos importados do México e do Canadá. No entanto, a intenção de impor tarifas recíprocas ainda está em vigor, com previsão de início no mês seguinte. O euro se valorizou frente à moeda americana, impulsionado pela disposição da Alemanha em afrouxar seu controle fiscal e aumentar os gastos com defesa. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu suas taxas de juros e fez comentários cautelosos sobre o impacto dos gastos públicos na inflação.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, encerrou o dia com queda de 0,23%, refletindo a perda de força da moeda americana. O dólar recuou em relação ao iene japonês e manteve estabilidade frente ao euro e à libra esterlina. O peso mexicano e o dólar canadense se fortaleceram após o anúncio da pausa nas tarifas, com o dólar diminuindo em relação a essas moedas.
O BCE revisou suas previsões econômicas, elevando a projeção de inflação e reduzindo a de crescimento, enquanto Christine Lagarde, presidente da instituição, destacou a alta incerteza econômica na zona do euro. A avaliação do ING indicou que o dólar cedia devido à redução do protecionismo americano, com a força do euro refletindo a mudança nas políticas fiscais alemãs. A lira turca também se valorizou após o Banco Central da Turquia realizar um corte significativo na taxa de juros, o que impactou positivamente sua moeda em relação ao dólar.