Na noite de terça-feira, documentos antes classificados relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963 foram divulgados após uma ordem do presidente Donald Trump. Mais de 1.100 arquivos, totalizando mais de 31.000 páginas, foram publicados no site dos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. A maioria do material já estava disponível anteriormente, mas o novo lote inclui documentos que estavam retidos devido a questões de segurança nacional. O presidente Trump havia anunciado a liberação dos arquivos em uma visita ao Centro Kennedy, em Washington, afirmando que o governo tinha uma grande quantidade de documentos a ser liberada.
Embora muitos pesquisadores não esperem revelações surpreendentes com a liberação desses novos documentos, o interesse pelo caso e pelos detalhes que envolvem o assassinato de Kennedy permanece intenso. Entre os arquivos divulgados, há memos da CIA e registros que discutem a relação de Lee Harvey Oswald com o KGB, além de outros aspectos das investigações sobre suas viagens ao exterior. Alguns documentos mantêm grandes lacunas, e o especialista Larry J. Sabato mencionou que há um longo caminho até que se compreenda completamente a importância de todos os dados liberados.
A liberação dos documentos é parte de um processo que começou nos anos 1990, com a determinação de que todos os registros relacionados ao assassinato fossem armazenados em um único repositório nos Arquivos Nacionais. A expectativa era de que todos os documentos fossem acessíveis até 2017, com exceções específicas determinadas pelo presidente. Embora muitos documentos tenham sido liberados durante as administrações de Trump e Biden, ainda há arquivos classificados, com alguns sendo retidos por motivos de segurança nacional.