O codiretor de um documentário premiado no Oscar 2025 criticou publicamente a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA por não se manifestar sobre o ataque sofrido por um colega palestino na Cisjordânia. O cineasta agredido, também envolvido no projeto vencedor do prêmio, foi alvo de violência por parte de colonos e posteriormente detido por forças militares. Apesar da mobilização internacional e do apoio de outras instituições cinematográficas, a Academia norte-americana optou por não se pronunciar, alegando que o caso não estaria diretamente ligado ao filme.
O incidente ocorreu em uma vila da Cisjordânia, onde o profissional foi gravemente ferido por um grupo armado antes de ser levado sob custódia militar. Relatos indicam que a ambulância que o socorria foi interceptada, prolongando seu desaparecimento até sua libertação dias depois. A situação gerou comoção entre colegas e organizações de direitos humanos, que destacaram o histórico do cineasta na documentação de conflitos e na defesa de comunidades afetadas pela ocupação.
Em suas declarações, o codiretor do documentário enfatizou que um posicionamento público da Academia ainda poderia ter impacto, servindo como um alerta contra futuras violências. Ele destacou que, apesar do ocorrido, a entidade tem a oportunidade de reverter sua decisão e se juntar a outras instituições que já condenaram o ataque, reforçando a importância da solidariedade no meio artístico.