Em 2024, as empresas brasileiras reduziram seus dividendos em 9% em comparação a 2023, com uma queda acentuada de 28,7% no último trimestre do ano. No total, as companhias locais entregaram US$ 22,4 bilhões aos acionistas, com destaque para a Petrobras, que foi responsável por quase metade do valor, com US$ 10,83 bilhões. A Vale, segunda maior pagadora, distribuiu US$ 4,16 bilhões, apesar das dificuldades enfrentadas pelo setor de mineração.
Enquanto isso, o cenário global foi mais positivo, com os dividendos nominais crescendo 5,2%, alcançando um recorde de US$ 1,75 trilhão. Esse aumento foi impulsionado por bons resultados em mercados como Estados Unidos e Japão, especialmente no último trimestre de 2024. O crescimento global também foi favorecido pelas primeiras distribuições de dividendos por gigantes como Meta, Alphabet e Alibaba, que juntos foram responsáveis por uma parte significativa do crescimento mundial.
No contexto latino-americano, o México se destacou com um aumento de 4,3% nos dividendos, liderado por empresas como Femsa e Grupo México. Por outro lado, a Colômbia e o Chile enfrentaram quedas significativas, com cortes nos pagamentos de dividendos de Ecopetrol e Empresas Copec. O setor financeiro, especialmente os bancos, foi o principal responsável pelo aumento global dos dividendos, refletindo um crescimento robusto nas distribuições no setor bancário.