O ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, se encontraram publicamente pela primeira vez desde fevereiro de 2024, após a liberação por parte do ministro Alexandre de Moraes para retomarem a comunicação. Durante o encontro, ambos discutiram a tramitação do projeto de lei que propõe a anistia aos condenados pelos ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, que é visto como uma das prioridades da direita. Bolsonaro criticou as condenações e afirmou que a proposta será impulsionada para avançar na agenda do partido.
Além disso, Bolsonaro comentou sobre as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), destacando que não se preocupa com a denúncia e acredita que não há fundamentos para as alegações. Ele ainda se posicionou em relação às eleições de 2026, afirmando que tentam excluí-lo do cenário político, apesar de sua inelegibilidade, e ressaltou que, caso consiga reverter sua situação, terá um papel ativo na escolha de candidatos dentro do partido. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro é mencionada como um nome possível para disputar o Senado pelo Distrito Federal, mas o anúncio só deve ocorrer mais adiante.
Valdemar Costa Neto, por sua vez, afirmou que agora focará exclusivamente na agenda política ao lado de Bolsonaro, evitando dar entrevistas. Apesar das acusações contra ele relacionadas à tentativa de golpe, o líder do PL não foi denunciado pela PGR. O partido também emitiu um comunicado oficial sobre a revogação das medidas restritivas que haviam sido impostas a Valdemar, celebrando a decisão como um avanço nas negociações internas do partido.