Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Myanmar na sexta-feira, 28, causando mais de 1,6 mil mortes e deixando milhares de desaparecidos. O epicentro foi próximo a Mandalay, a segunda maior cidade do país, onde dezenas de prédios desabaram e infraestruturas críticas, como o aeroporto, foram danificadas. Os esforços de resgate têm sido liderados por moradores locais, que trabalham sob temperaturas extremas e com equipamentos limitados, enquanto réplicas do tremor e a falta de acesso a áreas remotas complicam as operações. Muitos sobreviventes passam noites ao ar livre, com medo de novos desabamentos.
A ajuda internacional começou a chegar, com países como Índia, China e Rússia enviando equipes médicas, suprimentos e equipamentos de resgate. No entanto, hospitais estão sobrecarregados, e há escassez de itens essenciais, como medicamentos e água potável. A destruição de estradas e pontes, somada à guerra civil em curso, dificulta o acesso a regiões mais afetadas. Relatos indicam que muitas áreas ainda não foram alcançadas, e o número de vítimas pode aumentar significativamente.
Na Tailândia, o terremoto causou pelo menos 17 mortes, incluindo vítimas soterradas em um prédio em construção em Bangkok. Enquanto isso, organizações humanitárias alertam para a urgência de mais apoio, já que a janela para encontrar sobreviventes está se fechando. A ONU destacou a falta de suprimentos médicos e a necessidade de um cessar-fogo para facilitar os resgates. Com a crise agravada pelo conflito interno, a situação em Myanmar permanece crítica, e a comunidade global é pressionada a ampliar sua resposta.