Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Mianmar na sexta-feira (28/3), deixando mais de 1,6 mil mortos e milhares de desaparecidos. O epicentro foi próximo a Mandalay, a segunda maior cidade do país, onde dezenas de prédios desabaram e infraestruturas críticas, como o aeroporto, foram danificadas. Os esforços de resgate são liderados principalmente por moradores, que trabalham sob calor intenso e com equipamentos limitados, enquanto réplicas do tremor e estradas destruídas dificultam as operações. Muitos sobreviventes passam a noite ao ar livre, com medo de novos abalos em estruturas já fragilizadas.
A ajuda internacional começa a chegar, com países como Índia, China e Rússia enviando equipes médicas, suprimentos e equipamentos. No entanto, hospitais estão sobrecarregados, e falta água potável, comida e materiais básicos. O acesso às áreas mais remotas ainda é limitado, e o aeroporto de Mandalay, danificado, complica o transporte de ajuda. Enquanto isso, a janela para encontrar sobreviventes diminui a cada hora, com relatos da ONU alertando para a escassez de recursos médicos e a destruição de unidades de saúde.
A situação é agravada pela guerra civil em curso, que já deslocou milhões de pessoas antes do terremoto. Conflitos armados e restrições impostas pelas forças militares impedem a chegada de ajuda a regiões críticas. Apesar dos apelos por um cessar-fogo, ataques continuam a ocorrer, dificultando ainda mais os resgates. Autoridades temem que o número de vítimas possa subir para milhares, à medida que áreas isoladas forem alcançadas.