O Brasil destina uma proporção significativamente maior do seu PIB para o financiamento do Judiciário, quando comparado com a média mundial. Em 2023, o país gastou 1,3% do seu PIB com tribunais, um valor 4,3 vezes superior à média global de 0,3%. Esse gasto é majoritariamente composto por salários e encargos trabalhistas, que representaram quase 80% da despesa total. O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de gastos com o Judiciário em relação ao PIB, ficando atrás apenas de El Salvador.
Além disso, o Brasil apresenta um dos maiores custos com juros da dívida pública, alocando 11,3% do PIB para essa categoria, superando as médias de países desenvolvidos (7,9%) e emergentes (5,5%). Esse alto índice é explicado pela elevada taxa de juros e pelo endividamento público. No entanto, o país enfrenta desafios em áreas fundamentais como saúde e educação, com investimentos abaixo ou próximos à média global. O gasto com saúde foi de 4,7% do PIB, abaixo da média mundial de 6,2%, e o investimento em educação foi de 4,9%, levemente superior à média global de 4,5%.
Em termos de segurança pública, o Brasil também se destaca pelo elevado gasto, com 2,85% do PIB, superando a média internacional de 1,8%. Esse valor reflete o alto custo das forças de segurança e do sistema judicial. Por outro lado, o Brasil apresenta um baixo investimento em infraestrutura e transportes, com apenas 3,5% do PIB destinados a essa área, bem abaixo da média global de 5,8%. Esse déficit pode comprometer a competitividade e o crescimento econômico do país a longo prazo.