De acordo com dados do Dieese, as mulheres em cargos de liderança no Brasil ganham, em média, R$ 40 mil a menos por ano em comparação aos homens. Embora diretoras e gerentes femininas recebam, em média, R$ 6.798 mensais, seus colegas masculinos ganham R$ 10.126, resultando em uma disparidade de R$ 3.328 por mês. Além disso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE revela que 37% das mulheres estão na faixa de menor remuneração, recebendo até um salário mínimo, enquanto essa porcentagem é de 27% entre os homens.
A diferença salarial também se reflete no nível educacional das mulheres. Mesmo com ensino superior, o rendimento médio feminino é de R$ 4.885, o que representa uma diferença de R$ 2.899 em relação aos homens. Além disso, os homens têm uma carga horária semanal remunerada superior à das mulheres em 4,3 horas. As mulheres também dedicam, em média, 21 dias a mais por ano em tarefas domésticas, o que agrava ainda mais a desigualdade entre os gêneros no mercado de trabalho.
Embora iniciativas como a Lei de Igualdade Salarial (proposição 14.611/2023) tenham trazido avanços, ainda há muito a ser feito para alcançar a equidade salarial. Especialistas defendem a criação de programas de mentoria e políticas de diversidade para promover um ambiente corporativo mais inclusivo. A presença feminina em posições de liderança e negociações empresariais também é essencial para reduzir as desigualdades. O Dieese destaca a importância de continuar debatendo e buscando soluções para a disparidade salarial entre homens e mulheres.