Doug Collins, secretário de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos, foi escolhido como o “designated survivor” (sobrevivente designado) durante o discurso do presidente Donald Trump ao Congresso. O termo refere-se a uma pessoa na linha de sucessão presidencial, geralmente um membro do gabinete de baixo escalão, mantido em local separado dos demais oficiais do Executivo durante eventos governamentais importantes, com o objetivo de garantir que o governo continue funcionando em caso de um desastre catastrófico que afete todos os presentes.
Esse procedimento começou durante a Guerra Fria, em um contexto de preocupações com ataques nucleares. A ideia é que, caso todos os líderes do país sejam incapacitados em um único evento, o sobrevivente designado seria o responsável por assumir a presidência e garantir a continuidade da liderança. A prática é rara, ocorrendo apenas em algumas ocasiões durante cada mandato presidencial, já que raramente todos os líderes do governo se reúnem no mesmo local.
Historicamente, a lista de sobreviventes designados é registrada pela American Presidency Project da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, começando em 1984. Em um artigo de 2017 na Politico Magazine, Dan Glickman, ex-secretário de Agricultura dos Estados Unidos, compartilhou sua experiência como sobrevivente designado, relatando a responsabilidade e o peso da função, mesmo sabendo que a situação de necessidade era improvável.