O carnaval carioca de 2025 trouxe uma série de desfiles marcantes na Série Ouro, com escolas se destacando por enredos que celebraram tanto a resistência cultural quanto a tradição popular. A Unidos do Porto da Pedra apresentou uma grande produção sobre Fordlândia, com alegorias imponentes que refletiam a história da tentativa de Henry Ford de criar um polo industrial na Amazônia. Já a Tradição, escola dissidente da Portela, mostrou um espetáculo sobre a pluralidade da fé humana, destacando a espiritualidade em sua estética criativa, mas enfrentando dificuldades com o tempo de desfile.
Escolas como a União do Parque Acari e Acadêmicos de Vigário Geral também se destacaram, abordando temas que resgataram símbolos da cultura brasileira. A União do Parque Acari contou a história do violão como ícone da música brasileira, enquanto a Acadêmicos de Vigário Geral fez uma homenagem ao jornalista Francisco Guimarães, utilizando suas crônicas para enaltecer a importância da cultura negra e do carnaval. Além disso, escolas como a Unidos de Bangu e Império Serrano, que sofreram com um incêndio no início do mês, enfrentaram desafios logísticos, mas se apresentaram com entusiasmo e resiliência, especialmente a Unidos de Bangu, que trouxe um enredo sobre a resistência indígena na cidade do Rio de Janeiro.
Em meio a dificuldades, como o incêndio que afetou várias escolas e resultou na decisão de desfilar hors-concours para algumas delas, o carnaval seguiu com o mesmo espírito de celebração e resistência cultural. Além disso, a Série Ouro continua com a tradição de premiar a escola campeã com a ascensão ao Grupo Especial, mantendo a tensão entre a disputa pela vitória e as dificuldades enfrentadas pelas agremiações.