Platão, filósofo grego do século IV a.C., é um dos pensadores mais influentes da história ocidental. Conhecido por suas teorias sobre a realidade e a perfeição das “Formas”, ele fundou a Academia de Atenas, a primeira instituição de ensino superior do mundo ocidental. Embora muitos aspectos de sua vida ainda despertem curiosidade, sua sepultura tem sido um mistério, mas recentes descobertas podem lançar luz sobre esse enigma.
Pesquisadores da Universidade de Pisa, na Itália, encontraram papiros antigos em Herculano, no sul da Itália, que podem indicar o local exato do túmulo de Platão. Esses documentos fazem parte de um grande conjunto de rolos de pergaminho descobertos no século XVIII, após a erupção do vulcão Vesúvio. Utilizando tecnologias avançadas de imagem, como tomografia de coerência ótica e imagem hiperespectral no infravermelho, os cientistas conseguiram revelar informações valiosas sobre a vida e a morte do filósofo, incluindo novas evidências sobre seu possível período de escravidão.
Além da descoberta do local de sepultamento, os papiros sugerem que Platão pode ter sido escravizado em diferentes momentos de sua vida, em contraste com teorias anteriores. Esses textos complementam o legado de Platão, cujas ideias sobre filosofia, política e educação continuam a ser estudadas e debatidas até os dias atuais. Sua influência permanece uma parte fundamental do pensamento ocidental, em grande parte por meio de seus diálogos, nos quais explorava temas como o amor, a beleza e a busca pela perfeição.