Muhammad Yunus retornou a Bangladesh em agosto enfrentando uma situação de grande instabilidade e insegurança. Ao chegar, encontrou as ruas marcadas pelo sangue de mais de 1.000 vítimas, incluindo manifestantes e crianças, que haviam sido mortas em confrontos com a polícia. A violência havia se intensificado após uma revolução liderada por estudantes que derrubou o regime autoritário de longa data da líder deposta. A ex-líder fugiu do país, enquanto sua residência era saqueada por civis que buscavam justiça pelos abusos cometidos.
A situação de segurança no país continua crítica, com a presença policial debilitada, já que muitos agentes se recusam a retornar aos seus postos. O crime organizado, especialmente os gangues, tomou força nas ruas, complicando ainda mais a capacidade do governo de restaurar a ordem pública. A tensão social e política persiste, com um cenário de crescente desconfiança entre os cidadãos e as forças de segurança.
Além dos desafios com a segurança interna, Yunus também enfrenta dificuldades diplomáticas, especialmente com a relação com o chefe do exército do país. A tensão entre as diferentes facções de poder tem gerado um clima de incerteza, com implicações sérias para a estabilidade política e econômica de Bangladesh. A crise parece não ter fim à vista, colocando o país em um momento de vulnerabilidade e divisão profunda.