Economistas e especialistas em saneamento alertam sobre a importância de investir em infraestrutura adequada para garantir o fornecimento de água potável em Goiás. Em diversas regiões do estado, a qualidade da água subterrânea tem se mostrado problemática, com níveis elevados de ferro e manganês que superam os limites estabelecidos pela legislação vigente. Esse cenário é agravado pela dissolução de minerais nas formações geológicas locais e pelas condições físico-químicas dos aquíferos. A presença desses metais na água representa riscos à saúde pública, como distúrbios neurológicos e danos hepáticos, além de impactos negativos na infraestrutura de tubulações.
Soluções como filtros para remoção de ferro e manganês têm se destacado como estratégia eficaz para tratar a água contaminada. Tecnologias como o uso de vermiculita e zeólitos mostraram grande eficiência na remoção desses metais, com reduções nos custos operacionais em comparação aos métodos convencionais. Em regiões como Aparecida de Goiânia, onde 70% dos poços exigem intervenção, o uso de filtros pode melhorar significativamente a qualidade da água. Além disso, a implantação de unidades de tratamento descentralizadas se apresenta como uma solução urgente para áreas rurais próximas à capital, como Senador Canedo e Trindade.
Investir em sistemas de filtração, embora custoso inicialmente, pode gerar retorno rápido ao reduzir a necessidade de manutenção de tubulações e bombas. Estimativas indicam que a não utilização desses filtros pode resultar em consequências graves para a saúde pública e na economia local, com prejuízos significativos para a indústria e aumento no consumo de energia. Diante disso, entidades de saneamento e governos locais ressaltam a necessidade de priorizar investimentos em tratamento de água, especialmente em municípios com infraestrutura precária. A implementação dessas tecnologias é vista como essencial para garantir a sustentabilidade do abastecimento hídrico no estado de Goiás.