A economia mundial está passando por uma desaceleração, com impactos significativos, e o Brasil não é exceção. O país enfrenta uma combinação de fatores desafiadores, incluindo a elevada preocupação do presidente dos Estados Unidos com o aço, que pode afetar a economia brasileira, além de uma inflação resistente e um cenário político tenso com as eleições presidenciais de 2026 se aproximando. Economistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) destacam que o Brasil está enfrentando uma desaceleração econômica, com PIB e setores como indústria e serviços mostrando sinais de fraqueza, enquanto a inflação continua alta.
No entanto, a previsão para o primeiro trimestre de 2025 é de um crescimento robusto do PIB, impulsionado principalmente pela agropecuária e alguma recuperação do consumo das famílias. Embora o Brasil ainda cresça acima de seu potencial, o país apresenta um déficit primário e uma dívida elevada. A política fiscal também está sendo impactada por incertezas políticas, especialmente com o foco nas próximas eleições e a possível reviravolta nas políticas fiscais, caso haja mudança de governo.
O Banco Central do Brasil, por sua vez, enfrenta um dilema ao lidar com a inflação e a necessidade de continuar controlando as taxas de juros. A expectativa é de que o ciclo de aumento da Selic seja pausado após maio de 2025, considerando o impacto econômico de juros elevados em um cenário de baixo crescimento. Em meio a isso, a estabilidade fiscal do Brasil segue dependendo da política fiscal adotada, com um foco crescente nas pesquisas eleitorais que podem moldar a gestão fiscal nos próximos anos.