Há alguns meses, a visão sobre os efeitos do tempo de exposição à água e sua temperatura na pele poderia ser diferente, segundo a dermatologista médica Rosalind Simpson, da Universidade de Nottingham. Historicamente, a lavagem diária era considerada problemática, pois acreditava-se que poderia alterar o microbioma da pele, removendo óleos protetores naturais e bactérias benéficas. Havia também a preocupação de que o ressecamento cutâneo pudesse causar rachaduras, facilitando a penetração de bactérias e alérgenos, o que poderia levar a infecções ou agravar condições como eczema e psoríase.
No entanto, a especialista sugere que a compreensão atual sobre o tema evoluiu. Embora os riscos associados ao excesso de exposição à água ainda sejam relevantes, novos estudos indicam que fatores como a temperatura da água e o tipo de produtos usados durante a lavagem desempenham um papel significativo. Por exemplo, água muito quente pode ser mais agressiva, enquanto o uso de hidratantes adequados pode mitigar parte dos danos.
A discussão ressalta a importância do equilíbrio nos hábitos de higiene para manter a saúde da pele. Simpson enfatiza que, embora práticas excessivas possam ser prejudiciais, a limpeza moderada e consciente, adaptada às necessidades individuais, é essencial. A temperatura da água e o tempo de contato devem ser ajustados para evitar efeitos adversos, especialmente em pessoas com pele sensível ou condições dermatológicas pré-existentes.